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Pilsen de agosto

12 de junho foi o dia dos namorados e eu fiz uma Witbier pra comemorar.  Você pode ver o artigo em Witbier dos namorados. Embora ela não tenha ficado tão boa quanto eu queria, teve muita gente que aprovou. 

De toda maneira, nem só de Witbier vive um cervejeiro.  Precisamos de uma pilsen. 

E porque a pilsen?  Porque pilsen é efetivamente a cerveja que todo mundo gosta.  Mesmo o cervejeiro mais raiz, que come lúpulo com farinha no café da manhã, não dispensa uma pilsen pra rebater os amargores da vida.  A pilsen é que nem arroz com feijão.  Não pode faltar!

Se você reler o artigo da Pilsen da libertação, esta foi feita com o resto da maturação da outra cerveja.  Feito o starter, eu salvei um litro de levedura pra... sei lá, mas salvei.  Além disso, quando engarrafei, salvei o que saiu da maturação e foi isso que eu usei pra fazer o starter desta.

Tudo certo pra começar, peguei aquela lama que saiu do maturador e fiz um novo starter.  Pra minha enorme surpresa, não deu certo. Acreditem voces ou não, depois de 24 horas de starter, nada aconteceu.  Não sei porque o mosto não fermentou e a opção que eu tinha era colocar aquele litro que eu tinha salvo da pilsen da libertação.

Para a minha surpresa, ele funcionou!  E fermentou beleza levando a FG do starter a 5 brix, que daria mais ou menos 1.006.  Se você considerar que saiu de 1.040 foi bastante eficiente. Separei 2 litros e guardei o resto.

Feito o processo, coloquei no fermentador os 2 litros do starter e deixei rolar.  Agora vai!!!

É, mas não foi.  Após 3 dias de fermentação, estamos em 1.022 e não parecia que ia chegar ao desejado.  Foi aí que eu resolvi colocar o que sobrou no fermentador. 

Sabe aquele restinho de levedura que eu tinha guardado?  Pois é.   Foi pra conta!  Botei tudo que tinha e finalmente a cerveja ficou pronta.   Desceu pros 1.009 que eu queira. Tá certo que um acréscimo de temperatura no fermentador deve ter ajudado um pouco, mas uma nova carga de levedura possivelmente acelerou o processo.  A cerveja ficou show de bola.

A grande perda foi não ter sobrado nenhuma levedura pra Pilsen de natal, que se bobear, vou ter que fazer com uma S-189 que tenho aqui.  To pensando até em fazer um starter com ela pra ver se ainda tá funcionando.

A bola da vez é uma blonde, que pretendo fazer dia 3 de setembro em homenagem a Independência do Brasil.  Blonde ale não tem nada a ver com independência, muito menos com Brasil, mas... deixa rolar.  O que importa é a cerveja ficar boa.  O resto é subjetivo.

Segue o link da receita da pilsen 57 litros, que faz sobrar 10 litros para fazer starter.

Pilsen da libertação

Treze de maio.  Dia da Abolição da Escravatura.  Aproveitei o dia para fazer uma pilsen comemorativa, e um dos motivos era o dia 13 de maio.  O outro era o fato de não ter mais nenhuma cerveja em casa.

E porque da libertação?

Porque até agora eu só tinha feito pilsen com a levedura S-189 e eu queria fazer algo com a Nottingham da pilsen de março.

Se você reler o artigo em questão vai ver que o starter que fiz ficou insuficiente e fui obrigado a adicionar dois envelopes de levedura para terminar a cerveja.

Ela ficou boa e eu acabei lamentando não ter guardado aquela lama.

Dividi a produção em 3 baldes (9, 17 e 18).  O primeiro não deu nem pra saída. Quando fui carbonatar o segundo, notei que tinha muita levedura no fundo do balde.  Quando fui processar o último lote, resolvi que salvaria aquela lama e faria algo com ela.

Esta cerveja foi feita com com a levedura tirada do balde deste último lote da cerveja de março.

Lição aprendida.  Nunca desperdice uma levedura porque ela pode servir para você.

Para ter certeza que não teria problemas, fiz um starter e ele se comportou muito bem.  A levedura recuperada digeriu o açúcar todo e em pouco tempo.  No dia da brassagem, separei perto de 2 litros do starter e guardei um litro.

O resultado foi uma cerveja bem seca.  Saiu de 1.044 e fechou em 1.008.

No final, adicionei umas gotas de lúpulo Pilsen Dupappi(click no link para acessar o anuncio)  que costumeiramente utilizo.  Isso dá um toque mais amargo e melhora a retenção de espuma.

Há pouco eu carbonatei o segundo balde (17 litros).  Este rendeu 28 garrafas e quando for fazer o último vou salvar a levedura e juntar com a reservada anteriormente.

O destaque desta cerveja está na utilização de dois produtos especiais.  Um chamado Clarex, que se propõe aumentar a clarificação e a estabilidade coloidal do líquido.  Com isso ele promete aumentar a durabilidade da cerveja.  Deixei uma garrafa fora da geladeira que pretendo abri-la daqui a uns 4 meses.  Vamos ver se o produto corresponde ao que promete.

O outro produto chama-se Clarificante Prodooze SC1, que fez realmente a diferença.  A cerveja ficou muito muito transparente sem perder o sabor.  A dosagem usada foi de 0,5g por litro.  A dosagem eu fiz utilizando a balancinha de lúpulo, pesando o frasco antes de usar até que seu peso ficasse 9 gramas a menos(18 litros). Após pingar o produto no balde eu misturei a cerveja com a pá cervejeira vagarosamente.

Você pode baixar os arquivos da receita clicando no link abaixo

Pilsen da libertação

 

Pilsen de março

30 de março é o aniversário do meu sobrinho.  A família é grande e a gente pretendia fazer um churrasco lá em casa. 

Eu não ia ter cerveja pra isso tudo e pensei:  "Porque fazê-la? Porque não fazê-la? Porque fazê-la? Porque não fazê-la?  Fi-la a!"

Esta é a história da pilsen de março.

A única diferença da pilsen que costumo fazer é que nesta eu achei de utilizar a levedura Nottingham da Lallemand, que veio em um kit que comprei da Lamas Brew Club.  Normalmente eu faço com a S-189 da Fermentis, mas desta vez achei de fazer diferente. 

Primeiro erro.  Nunca troque o time que está ganhando!

Como de costume, peguei 3 litros de mosto base e fiz um starter da levedura 2 dias antes.  Feito isso, separei 2 litros para jogar na cerveja e guardei o litro restante para propagação. 

Dia 20 de março, domingo, fiz a cerveja normalmente.  A receita inclui 7 quilos de malte pilsen, 500g de malte carapils, 2 quilos de arroz cozido e 1 quilo de açúcar cristal na fervura.  Vale lembrar que esta receita é para 57 litros de mosto, dos quais eu retiro dez litros antes de adicionar o lúpulo, que neste caso são 25 gramas de Nugget a 60 minutos.  Feito isso, inoculei os dois litros do starter e esperei iniciar o processo.

Na segunda feira, por volta do meio dia iniciou o processo de fermentação.  Pude acompanhar com o Ispindel e as tímidas borbulhas no airlock.

No quarto dia de fermentação, o densímetro passou o dia inteiro em 1.020 e a atividade no airlock baixou muito.  Achei que a dosagem que fiz da levedura poderia ter sido pouca!

Resultado: Botei o resto de levedura que tinha guardado e não satisfeito, comprei mais 2 envelopes de Nottingham, hidratei e coloquei na cerveja.  Deu resultado! 

No domingo a cerveja já estava em 1.010.  Como havia ainda alguma atividade no fermentado, deixei até terça feira quando a cerveja atingiu o objetivo: 1.008!  Tá fechado.

Tirei para os baldes. Duas porções de 17 litros e um resto por volta de 8 litros.  Botei para maturar e experimentar em 2 dias.

Bem, a família achou por bem de comemorar o aniversário do rapaz na quarta feira mesmo, numa pizzaria e o churrasco foi pro espaço.  Eu carbonatei os oito livros de cerveja do baldinho e vou experimentar agora no final de semana, sozinho.

Segundo erro.  Nunca acredite em combinação de família grande.  Nunca dá certo!

Pelo menos agora eu tenho mais de 40 litros de cerveja pra beber!

Se quiser aparecer aqui...

Saúde!

Você pode baixar os arquivos das receitas desta cerveja.  São 2 versões.  47 e 57 litros.  No arquivo a levedura utilizada é a S-189 da Fermentis que neste caso foi substituída pela Lallemand Nottingham. A versão para 57 litros é usada para produzir 10 litros de mosto, com a finalidade de fazer starter de levedura.

Pilsen 47 litros 

Pilsen 57 litros