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Duas, três ou quatro panelas
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
As próximas configurações requerem um pouco mais de gasto pois você terá panelas específicas para coisas específicas.
Duas panelas
Neste caso, ao invés de usar um saco utilizaremos um filtro chamado bazuca que tem a finalidade de reter os grãos e permitir que somente o mosto saia pela torneira. Como os grãos estão em contato direto com o fundo da panela é aconselhável que se mantenha a mistura em movimento sempre que o fogo estiver aceso. Ao final da mostura, faz-se a transferência do líquido para outra panela que será utilizada para a fervura.
Você pode fazer a lavagem dos grãos utilizando uma água previamente aquecida e jogar por cima do malte. Evite concentrar o fluxo em um lugar só.
Uma outra opção é utilizar um fundo falso. Neste caso você não poderá deixar o líquido parado no fundo sob pena dele caramelizar e para isso será necessário a utilização de uma bomba de recirculação. Você pode usar uma dessas bombinhas de máquina de lavar que suportam temperaturas mais altas, mas o ideal é uma bomba específica, podendo ser de inox ou plástico alimentício. Essas bombas são facilmente encontradas no mercado.
Importante
Faça com que o líquido, ao voltar para a panela, não caia somente em um lugar. É conveniente fazer um chuveiro, observando e cuidando para evitar entupimentos. A vantagem deste método é ter o mosto filtrado durante o cozimento gerando cervejas bem menos turvas no final.
Por estar o tempo todo recirculando, não há necessidade de ficar mexendo o mosto durante todo o tempo, e assim ficando o cervejeiro com a tarefa de apenas controlar a temperatura.
Smartmash
Este é um aparelho fantástico que uso há quatro anos, para fazer o controle da temperatura. Você programa a receita com as rampas de temperatura e o aparelho faz todo o resto com muita segurança. É muito bom. Vale a pena!
A terceira panela, a de água, que embora já possa estar sendo usada no processo, agora oficializamos e incluímos no conjunto. Na cozinha de quatro panelas a mostura é feita com um agitador para aumentar a eficiência e depois toda a mistura é levada para uma panela de filtragem onde pode ficar por até duas horas filtrando. Ao final da filtragem o líquido é enviado para a fervura, pra terminar o processo.
Eu tenho uma cozinha de três panelas, sendo 50 litros para água, 60 litros para mostura e 70 listros para fervura. Isso me permite fazer até 60 litros de cerveja por brasagem, sem diluição.
Na panela de mostura, além do fundo falso, eu uso uma malha ortopédica de 30 cm para reter os grãos. Isso diminui a possibilidade de entupimento e facilita a retirada dos grãos no final.
Minhas brasagens são, normalmente, de 50 litros, já que esta é a capacidade do meu fermentador.
Ein prosit!
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
As próximas configurações requerem um pouco mais de gasto pois você terá panelas específicas para coisas específicas.
Duas panelas
Neste caso, ao invés de usar um saco utilizaremos um filtro chamado bazuca que tem a finalidade de reter os grãos e permitir que somente o mosto saia pela torneira. Como os grãos estão em contato direto com o fundo da panela é aconselhável que se mantenha a mistura em movimento sempre que o fogo estiver aceso. Ao final da mostura, faz-se a transferência do líquido para outra panela que será utilizada para a fervura.
Você pode fazer a lavagem dos grãos utilizando uma água previamente aquecida e jogar por cima do malte. Evite concentrar o fluxo em um lugar só.
Uma outra opção é utilizar um fundo falso. Neste caso você não poderá deixar o líquido parado no fundo sob pena dele caramelizar e para isso será necessário a utilização de uma bomba de recirculação. Você pode usar uma dessas bombinhas de máquina de lavar que suportam temperaturas mais altas, mas o ideal é uma bomba específica, podendo ser de inox ou plástico alimentício. Essas bombas são facilmente encontradas no mercado.
Importante
Faça com que o líquido, ao voltar para a panela, não caia somente em um lugar. É conveniente fazer um chuveiro, observando e cuidando para evitar entupimentos. A vantagem deste método é ter o mosto filtrado durante o cozimento gerando cervejas bem menos turvas no final.
Por estar o tempo todo recirculando, não há necessidade de ficar mexendo o mosto durante todo o tempo, e assim ficando o cervejeiro com a tarefa de apenas controlar a temperatura.
Smartmash
Este é um aparelho fantástico que uso há quatro anos, para fazer o controle da temperatura. Você programa a receita com as rampas de temperatura e o aparelho faz todo o resto com muita segurança. É muito bom. Vale a pena!
A terceira panela, a de água, que embora já possa estar sendo usada no processo, agora oficializamos e incluímos no conjunto. Na cozinha de quatro panelas a mostura é feita com um agitador para aumentar a eficiência e depois toda a mistura é levada para uma panela de filtragem onde pode ficar por até duas horas filtrando. Ao final da filtragem o líquido é enviado para a fervura, pra terminar o processo.
Eu tenho uma cozinha de três panelas, sendo 50 litros para água, 60 litros para mostura e 70 listros para fervura. Isso me permite fazer até 60 litros de cerveja por brasagem, sem diluição.
Na panela de mostura, além do fundo falso, eu uso uma malha ortopédica de 30 cm para reter os grãos. Isso diminui a possibilidade de entupimento e facilita a retirada dos grãos no final.
Minhas brasagens são, normalmente, de 50 litros, já que esta é a capacidade do meu fermentador.
Ein prosit!
Para fazer cerveja em casa você não precisa de muita coisa. Basta uma panela e um fogão.
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Para fazer cerveja em casa você não precisa de muita coisa. Basta uma panela e um fogão.
Era assim que os nossos antepassados faziam, mas se você quiser fazer algo com mais conforto e qualidade, precisará se equipar melhor. E nesta hora você tem que pensar bastante antes de começar a comprar por impulso. Caso contrário esta arriscado a gastar muito e acabar se arrependendo.
Antes de mais nada, veja se você tem condições pra fazer cerveja.
Se você mora em apartamento, considere a possibilidade de adquirir uma máquina elétrica. Ocupa pouco espaço e dá menos bagunça. Em compensação, a grande maioria delas é 220v. Se você tem isso em casa, maravilha. Se não, vai ser complicado. Essas máquinas elétricas de 25 litros costumam ter perto de 3000w, e com isso o gasto total de energia não chega a 6000w, gerando um custo aproximado de R$10,00 por brasagem.
A outra coisa a ver é o tamanho do seu kit.
Mais uma vez: se você mora em apartamento e seu fogão é abastecido com gás de rua, não passe de 20 litros. Ferver mais de 20 litros num fogão caseiro é uma enorme dificuldade. Existem kits a partir de 5 litros.
Quando comecei, comprei um kit pra fazer 10 litros com uma única panela. Isso dá no máximo 15 garrafas de 600 ml, leva 30 dias pra ficar pronto e dura pouco mais de 2 semanas. E aí você descobre que o trabalho que dá para fazer 10 litros, você bem pode fazer 20 litros.
Agora, se você tem espaço e disposição, pode fazer como eu. Hoje tenho três panelas (50, 60 e 70 litros) e faço 50 litros por vez. Na realidade, 45. Tudo depende da disponibilidade de espaço e da disposição de fazer e beber cerveja.
Lembre-se que a produção caseira é liberada apenas para consumo próprio. Você não pode carregar, vender e pasme... nem mesmo doar! Esta cerveja não possui registro. Ou seja, a cerveja caseira só pode ser consumida na sua casa para você e seus amigos.
Mesmo assim eu acho que vale a pena.
Saúde!
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Para fazer cerveja em casa você não precisa de muita coisa. Basta uma panela e um fogão.
Era assim que os nossos antepassados faziam, mas se você quiser fazer algo com mais conforto e qualidade, precisará se equipar melhor. E nesta hora você tem que pensar bastante antes de começar a comprar por impulso. Caso contrário esta arriscado a gastar muito e acabar se arrependendo.
Antes de mais nada, veja se você tem condições pra fazer cerveja.
Se você mora em apartamento, considere a possibilidade de adquirir uma máquina elétrica. Ocupa pouco espaço e dá menos bagunça. Em compensação, a grande maioria delas é 220v. Se você tem isso em casa, maravilha. Se não, vai ser complicado. Essas máquinas elétricas de 25 litros costumam ter perto de 3000w, e com isso o gasto total de energia não chega a 6000w, gerando um custo aproximado de R$10,00 por brasagem.
A outra coisa a ver é o tamanho do seu kit.
Mais uma vez: se você mora em apartamento e seu fogão é abastecido com gás de rua, não passe de 20 litros. Ferver mais de 20 litros num fogão caseiro é uma enorme dificuldade. Existem kits a partir de 5 litros.
Quando comecei, comprei um kit pra fazer 10 litros com uma única panela. Isso dá no máximo 15 garrafas de 600 ml, leva 30 dias pra ficar pronto e dura pouco mais de 2 semanas. E aí você descobre que o trabalho que dá para fazer 10 litros, você bem pode fazer 20 litros.
Agora, se você tem espaço e disposição, pode fazer como eu. Hoje tenho três panelas (50, 60 e 70 litros) e faço 50 litros por vez. Na realidade, 45. Tudo depende da disponibilidade de espaço e da disposição de fazer e beber cerveja.
Lembre-se que a produção caseira é liberada apenas para consumo próprio. Você não pode carregar, vender e pasme... nem mesmo doar! Esta cerveja não possui registro. Ou seja, a cerveja caseira só pode ser consumida na sua casa para você e seus amigos.
Mesmo assim eu acho que vale a pena.
Saúde!
A fase fria
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Dando continuidade ao artigo anterior, vamos detalhar um pouco sobre a fase fria.
Após a fervura, precisamos introduzir a levedura na cerveja, porém nosso mosto está muito quente. Acabou de ser fervido e precisa ser resfriado o mais rápido possível para evitar contaminação. Existem alguns equipamentos próprios para isso que falaremos em outra oportunidade.
Você deve esfriar o mosto em função da levedura a ser utilizada. Observe as indicações do fabricante para saber a temperatura ideal para a levedura. Se for uma ALE deixe o mosto por volta de 18 Cº. Uma kvieik por volta de 27 Cº, mas sendo uma lager não deve passar de 13 Cº.
Prepare seu fermentador e não se esqueça de colocar um airlock. Este dispositivo permitirá que o CO2 produzido na fermentação seja eliminado sem deixar que o oxigênio entre no fermentador.
Atingindo a temperatura ideal, insira a levedura e tente aerar o mosto o máximo possível. Esta será a última vez que a levedura sentirá o gosto do oxigênio. Existem alguns processos para isso que falaremos mais tarde.
Terminado o processo de aeração, feche bem o fermentador para evitar a entrada de qualquer impureza e principalmente o oxigênio. Não se esqueça que a fermentação produz uma quantidade enorme de CO2 que deve ser eliminado e deixe seu que airlock sempre com água.
Você deve acompanhar a fermentação pois a medida em que a cerveja for ficando pronta, a densidade do líquido irá diminuindo. Quando estabilizar por mais de 3 dias, o processo chegou ao fim.
Durante o processo a temperatura sobe. Pra isso você deve utilizar uma geladeira para acondicionar o fermentador. Se você mora numa cidade como o Rio de Janeiro, então nem se fala. Fermentar ao ar livre pode trazer sabores indesejáveis a sua cerveja. Tente manter a temperatura dentro da faixa ótima de utilização determinada pelo fabricante.
No final do processo é comum se aumentar a temperatura para que a levedura reabsorva alguns compostos que ela mesmo produz. Isso é chamado de descanso do diacetil.
Terminada a fermentação é aconselhável submeter a cerveja a uma baixa temperatura (próximo de zero) a fim de facilitar a decantação dos sólidos e resto de lúpulo que ainda esteja dentro da cerveja. Este processo é chamado de clarificação.
Passada esta fase, está na hora do envase, porém a cerveja está sem gás. Precisamos gaseificá-la. Isso pode ser feito em dois processos: natural ou artificial. Mas isso será alvo de outro artigo.
Ein Prosit!
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Dando continuidade ao artigo anterior, vamos detalhar um pouco sobre a fase fria.
Após a fervura, precisamos introduzir a levedura na cerveja, porém nosso mosto está muito quente. Acabou de ser fervido e precisa ser resfriado o mais rápido possível para evitar contaminação. Existem alguns equipamentos próprios para isso que falaremos em outra oportunidade.
Você deve esfriar o mosto em função da levedura a ser utilizada. Observe as indicações do fabricante para saber a temperatura ideal para a levedura. Se for uma ALE deixe o mosto por volta de 18 Cº. Uma kvieik por volta de 27 Cº, mas sendo uma lager não deve passar de 13 Cº.
Prepare seu fermentador e não se esqueça de colocar um airlock. Este dispositivo permitirá que o CO2 produzido na fermentação seja eliminado sem deixar que o oxigênio entre no fermentador.
Atingindo a temperatura ideal, insira a levedura e tente aerar o mosto o máximo possível. Esta será a última vez que a levedura sentirá o gosto do oxigênio. Existem alguns processos para isso que falaremos mais tarde.
Terminado o processo de aeração, feche bem o fermentador para evitar a entrada de qualquer impureza e principalmente o oxigênio. Não se esqueça que a fermentação produz uma quantidade enorme de CO2 que deve ser eliminado e deixe seu que airlock sempre com água.
Você deve acompanhar a fermentação pois a medida em que a cerveja for ficando pronta, a densidade do líquido irá diminuindo. Quando estabilizar por mais de 3 dias, o processo chegou ao fim.
Durante o processo a temperatura sobe. Pra isso você deve utilizar uma geladeira para acondicionar o fermentador. Se você mora numa cidade como o Rio de Janeiro, então nem se fala. Fermentar ao ar livre pode trazer sabores indesejáveis a sua cerveja. Tente manter a temperatura dentro da faixa ótima de utilização determinada pelo fabricante.
No final do processo é comum se aumentar a temperatura para que a levedura reabsorva alguns compostos que ela mesmo produz. Isso é chamado de descanso do diacetil.
Terminada a fermentação é aconselhável submeter a cerveja a uma baixa temperatura (próximo de zero) a fim de facilitar a decantação dos sólidos e resto de lúpulo que ainda esteja dentro da cerveja. Este processo é chamado de clarificação.
Passada esta fase, está na hora do envase, porém a cerveja está sem gás. Precisamos gaseificá-la. Isso pode ser feito em dois processos: natural ou artificial. Mas isso será alvo de outro artigo.
Ein Prosit!
A fase quente
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Em continuação ao artigo anterior vamos detalhar um pouco a fase quente.
Em linhas gerais a produção de cerveja é baseada no cozimento do malte. Graças às maltearias, hoje a gente já compra o malte pronto, torrado na medida da receita.
O tão falado malte é o produto de uma germinação controlada e dessecação dos cereais, que produz enzimas que modificam as substâncias da semente, que pode ser usado para a produção de bebidas.
O malte forma-se a partir de sementes de cereal que são embebidas ou encharcadas com água fria. Quando o grão absorve o máximo possível de água (teor de umidade de aproximadamente 45%), dá-se a germinação, sob estímulo de um hormônio vegetal. O resultado do processo é chamado de malte verde. Colorações entre o vermelho e o preto são adquiridas quando o malte é tostado e a tonalidade depende do grau de torra. Este processo tem a finalidade de fazer um pré cozimento no cereal para desenvolver suas características de sabor, aroma e cor.
Primeira conclusão: Escolha a cerveja que você vai fazer e compre os ingredientes de acordo com a receita.
Não sabe onde arrumar receitas? No final do artigo vou colocar um link para um site americano com mais de 230.000 receitas de todo tipo de cerveja.
A funcão do cozimento é extrair do malte o açúcar que será utilizado na fermentação. Para isso o malte deve ser moído, mas não triturado, e cozido em temperaturas específicas durante tempos determinados. A este processo damos o nome de mostura.
Feita a mostura, voce vai precisar separar o líquido do sólido filtrando sua cerveja o máximo possível e lavar o malte para extrair ao máximo o açúcar produzido. Toda esta etapa leva em torno de duas horas. Há vários processos pra isso que falaremos mais tarde. Ninguém quer beber uma cerveja que tem coisas flutuando dentro dela, né... Quanto mais filtrada ela for, melhor será a sua aparência e sabor.
Agora que a cerveja está limpa, precisamos fervê-la para garantir que todos os micróbios possíveis e imagináveis sejam eliminados. E nesta hora que adicionamos alguns ingredientes que darão o sabor, aroma e amargor que a nossa receita pede. A fervura é a etapa final da fase quente e dura em torno de 60 a 90 minutos.
O próximo artigo é sobre a fase fria.
E aqui, segue um bom site com ótimas receitas:
https://www.brewersfriend.com/search/
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Em continuação ao artigo anterior vamos detalhar um pouco a fase quente.
Em linhas gerais a produção de cerveja é baseada no cozimento do malte. Graças às maltearias, hoje a gente já compra o malte pronto, torrado na medida da receita.
O tão falado malte é o produto de uma germinação controlada e dessecação dos cereais, que produz enzimas que modificam as substâncias da semente, que pode ser usado para a produção de bebidas.
O malte forma-se a partir de sementes de cereal que são embebidas ou encharcadas com água fria. Quando o grão absorve o máximo possível de água (teor de umidade de aproximadamente 45%), dá-se a germinação, sob estímulo de um hormônio vegetal. O resultado do processo é chamado de malte verde. Colorações entre o vermelho e o preto são adquiridas quando o malte é tostado e a tonalidade depende do grau de torra. Este processo tem a finalidade de fazer um pré cozimento no cereal para desenvolver suas características de sabor, aroma e cor.
Primeira conclusão: Escolha a cerveja que você vai fazer e compre os ingredientes de acordo com a receita.
Não sabe onde arrumar receitas? No final do artigo vou colocar um link para um site americano com mais de 230.000 receitas de todo tipo de cerveja.
A funcão do cozimento é extrair do malte o açúcar que será utilizado na fermentação. Para isso o malte deve ser moído, mas não triturado, e cozido em temperaturas específicas durante tempos determinados. A este processo damos o nome de mostura.
Feita a mostura, voce vai precisar separar o líquido do sólido filtrando sua cerveja o máximo possível e lavar o malte para extrair ao máximo o açúcar produzido. Toda esta etapa leva em torno de duas horas. Há vários processos pra isso que falaremos mais tarde. Ninguém quer beber uma cerveja que tem coisas flutuando dentro dela, né... Quanto mais filtrada ela for, melhor será a sua aparência e sabor.
Agora que a cerveja está limpa, precisamos fervê-la para garantir que todos os micróbios possíveis e imagináveis sejam eliminados. E nesta hora que adicionamos alguns ingredientes que darão o sabor, aroma e amargor que a nossa receita pede. A fervura é a etapa final da fase quente e dura em torno de 60 a 90 minutos.
O próximo artigo é sobre a fase fria.
E aqui, segue um bom site com ótimas receitas:
https://www.brewersfriend.com/search/
Starter 100% caseiro
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
Publicado em
Blog DuCoreta
Vou descrever aqui um processo que venho utilizando com bastante sucesso há cerca de três anos: starter da levedura.
O starter consiste em fazer uma fermentação prévia de uma cerveja (3 litros) utilizando para isso a quantidade de levedura suficiente para 30 litros. Este mosto em especial é normalmente feito de extrato de malte, bem clarinho e sem lúpulo para não dar cor ou sabor diferente na cerveja.
Para aumentar o rendimento do starter utiliza-se um agitador magnético que consiste em um ventilador com um imã preso nele. O erlenmeyer é posicionado sobre o ventilador e dentro dele é colocada uma barra magnética. À medida que o ventilador roda do lado de fora, a barra roda do lado de dentro, provocando uma agitação constante no mosto melhorando a aeração e a multiplicação das leveduras. Com isso, admite-se que em 24 horas a quantidade de levedura existente praticamente dobre em relação à inicial.
Para se ter certeza seria necessário efetivamente uma contagem de células, mas vou pular esta parte.
Eu faço isso tudo 24 ou 48 horas antes da brassagem.
Quando eu faco pilsen, calculo a cerveja para uma quantidade 10 litros a mais que a desejada e antes de adicionar os lúpulos eu retiro esses 10 litros. Quando for fazer o starter de uma cerveja qualquer, pego três desses dez litros, fervo, resfrio e inoculo a levedura. A quantidade de mosto produzida me permite fazer 3 starters de qualquer tipo de cerveja, pois o mosto utilizado é bem claro. Pilsen sem lúpulo normalmente com 1.045 de densidade.
Na hora de usar, eu retiro dois dos três litros. Este litro que sobrou, eu deixo no freezer descansando para posteriormente fazer um novo starter.
Uma das últimas pilsens que fiz foi a sétima cerveja feita com a mesma S-189 que foi comprada no ano de 2020.
Abaixo detalho as fotos do aparelho. Pode-se notar uma caixa de plástico, com um ventilador extraído de uma fonte de alimentação de computador com defeito, um imã de neodímio retirado de um HD de computador com defeito, colado no centro do ventilador com um adesivo de dupla face. O motor é acionado por um interruptor colocado no lado caixa e é alimentado por uma fonte de 12 volts. Dentro do erlenmeyer eu mergulho uma barra magnética (peixinho) que gira quando o motor é acionado, causando o vórtex, aumentando a aeração do líquido.
Mais adiante mostro o meu "banco de leveduras" com os vários tipos de levedura, armazenadas em tubos falcon de 50ml, adormecidas em um freezer que não congela, regulado para manter uma temperatura próxima de 1º C. No topo de cada tubo tem a indicação da levedura com a data em que foi armazenada.
Já produzi cervejas com leveduras que ficaram mais de 13 meses dormindo. Feito o starter, ela acorda e funciona como nova!
No link abaixo, tem um vídeo publicado no Instagram com uma simulação do processo. No vídeo, utilizei apenas água, para ficar transparente e você poder ver exatamente como funciona.
https://www.instagram.com/p/CePBopuvWQC/
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Vou descrever aqui um processo que venho utilizando com bastante sucesso há cerca de três anos: starter da levedura.
O starter consiste em fazer uma fermentação prévia de uma cerveja (3 litros) utilizando para isso a quantidade de levedura suficiente para 30 litros. Este mosto em especial é normalmente feito de extrato de malte, bem clarinho e sem lúpulo para não dar cor ou sabor diferente na cerveja.
Para aumentar o rendimento do starter utiliza-se um agitador magnético que consiste em um ventilador com um imã preso nele. O erlenmeyer é posicionado sobre o ventilador e dentro dele é colocada uma barra magnética. À medida que o ventilador roda do lado de fora, a barra roda do lado de dentro, provocando uma agitação constante no mosto melhorando a aeração e a multiplicação das leveduras. Com isso, admite-se que em 24 horas a quantidade de levedura existente praticamente dobre em relação à inicial.
Para se ter certeza seria necessário efetivamente uma contagem de células, mas vou pular esta parte.
Eu faço isso tudo 24 ou 48 horas antes da brassagem.
Quando eu faco pilsen, calculo a cerveja para uma quantidade 10 litros a mais que a desejada e antes de adicionar os lúpulos eu retiro esses 10 litros. Quando for fazer o starter de uma cerveja qualquer, pego três desses dez litros, fervo, resfrio e inoculo a levedura. A quantidade de mosto produzida me permite fazer 3 starters de qualquer tipo de cerveja, pois o mosto utilizado é bem claro. Pilsen sem lúpulo normalmente com 1.045 de densidade.
Na hora de usar, eu retiro dois dos três litros. Este litro que sobrou, eu deixo no freezer descansando para posteriormente fazer um novo starter.
Uma das últimas pilsens que fiz foi a sétima cerveja feita com a mesma S-189 que foi comprada no ano de 2020.
Abaixo detalho as fotos do aparelho. Pode-se notar uma caixa de plástico, com um ventilador extraído de uma fonte de alimentação de computador com defeito, um imã de neodímio retirado de um HD de computador com defeito, colado no centro do ventilador com um adesivo de dupla face. O motor é acionado por um interruptor colocado no lado caixa e é alimentado por uma fonte de 12 volts. Dentro do erlenmeyer eu mergulho uma barra magnética (peixinho) que gira quando o motor é acionado, causando o vórtex, aumentando a aeração do líquido.
Mais adiante mostro o meu "banco de leveduras" com os vários tipos de levedura, armazenadas em tubos falcon de 50ml, adormecidas em um freezer que não congela, regulado para manter uma temperatura próxima de 1º C. No topo de cada tubo tem a indicação da levedura com a data em que foi armazenada.
Já produzi cervejas com leveduras que ficaram mais de 13 meses dormindo. Feito o starter, ela acorda e funciona como nova!
No link abaixo, tem um vídeo publicado no Instagram com uma simulação do processo. No vídeo, utilizei apenas água, para ficar transparente e você poder ver exatamente como funciona.
https://www.instagram.com/p/CePBopuvWQC/
Pasteurização caseira
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Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00
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Blog DuCoreta
Pasteurização é um processo que tem a finalidade de aumentar a durabilidade de um líquido. Este processo foi inventado pelo químico francês Louis Pasteur que descobriu a existência de micro-organismos, entre eles os fungos responsáveis pela produção da cerveja.
A Saccharomyces cerevisiae é a principal levedura utilizada em processos industriais de fermentação alcoólica.
Embora não seja comum o cervejeiro caseiro fazer, nada o impede. Se for fazer primming, a pasteurização só poderá ser feita após o período de carbonatação.
Se utilizar a carbonatação forçada, pode ser feita em seguida ao envase.
O processo é simples.
Eu tenho uma panela de 36 litros com fundo falso, bomba de recirculação, tampa com chuveiro e uma panela de fervura de 50 litros, ambas com registro de 1/2 polegada e engate rápido. Como auxiliar de brassagem eu tenho um aparelho chamado SmartMash que controla todo o processo. Em minha panela de fervura de 36 litros, com fundo falso, couberam 18 garrafas. Coloquei água fria na panela até que as garrafas ficassem quase todas cobertas, deixando apenas uma parte do gargalo de fora e em seguida retirei as garrafas.
Com a água que sobrou, liguei o fogo e com o auxílio do SmartMash regulei para mostura de 60 Cº por 20 minutos. Utilizei a bomba de recirculação para fazer um chuveiro dentro da panela e garantir a temperatura desejada. Quando atingiu 60 Cº, coloquei as garrafas dentro e iniciei a brassagem mantendo a bomba ligada. Faço isso com a tampa fechada, pois a recirculação vem pelo chuveiro instalado na tampa da panela. Ao término dos 20 minutos, desliguei tudo e transferi as garrafas para os engradados, onde dei um banho de água fria para dar um choque térmico na cerveja.
E agora é só colocar para gelar quando for beber. Pode deixar fora da geladeira tranquilamente que não vai estragar.
Alguns conselhos úteis
Utilize uma luva térmica e óculos de proteção pra evitar acidentes.
No envase da garrafa, deixe um espaço razoável para a expansão do gás. Se usar aquelas de 500 ml inglesa ou 600 ml antiga, deixe pelo menos metade do gargalo de fora. Se utilizar as caçulinhas, tente deixar o gargalo quase todo de fora.
Se carbonatar forçadamente, não ultrapasse o limite de 1.5 bar.
Se fizer com priming utilize um manômetro de garrafa pra ver quanto ficou. Mais de 2 bar de pressão em temperatura ambiente, quando colocada a 60 Cº pode causar explosão da garrafa.
Evite trabalhar com a tampa da panela aberta. Eu tive uma garrafa que explodiu e só não causou danos maiores porque a panela estava tampada.
Cuidado quando for pegar as garrafas na panela. Evite batê-las. Eu vi algumas com tanta pressão que borbulhavam na chapinha.
Written on Quinta, 01 Dezembro 2022 02:00 Publicado em Blog DuCoreta
Pasteurização é um processo que tem a finalidade de aumentar a durabilidade de um líquido. Este processo foi inventado pelo químico francês Louis Pasteur que descobriu a existência de micro-organismos, entre eles os fungos responsáveis pela produção da cerveja.
A Saccharomyces cerevisiae é a principal levedura utilizada em processos industriais de fermentação alcoólica.
Embora não seja comum o cervejeiro caseiro fazer, nada o impede. Se for fazer primming, a pasteurização só poderá ser feita após o período de carbonatação.
Se utilizar a carbonatação forçada, pode ser feita em seguida ao envase.
O processo é simples.
Eu tenho uma panela de 36 litros com fundo falso, bomba de recirculação, tampa com chuveiro e uma panela de fervura de 50 litros, ambas com registro de 1/2 polegada e engate rápido. Como auxiliar de brassagem eu tenho um aparelho chamado SmartMash que controla todo o processo. Em minha panela de fervura de 36 litros, com fundo falso, couberam 18 garrafas. Coloquei água fria na panela até que as garrafas ficassem quase todas cobertas, deixando apenas uma parte do gargalo de fora e em seguida retirei as garrafas.
Com a água que sobrou, liguei o fogo e com o auxílio do SmartMash regulei para mostura de 60 Cº por 20 minutos. Utilizei a bomba de recirculação para fazer um chuveiro dentro da panela e garantir a temperatura desejada. Quando atingiu 60 Cº, coloquei as garrafas dentro e iniciei a brassagem mantendo a bomba ligada. Faço isso com a tampa fechada, pois a recirculação vem pelo chuveiro instalado na tampa da panela. Ao término dos 20 minutos, desliguei tudo e transferi as garrafas para os engradados, onde dei um banho de água fria para dar um choque térmico na cerveja.
E agora é só colocar para gelar quando for beber. Pode deixar fora da geladeira tranquilamente que não vai estragar.
Alguns conselhos úteis
Utilize uma luva térmica e óculos de proteção pra evitar acidentes.
No envase da garrafa, deixe um espaço razoável para a expansão do gás. Se usar aquelas de 500 ml inglesa ou 600 ml antiga, deixe pelo menos metade do gargalo de fora. Se utilizar as caçulinhas, tente deixar o gargalo quase todo de fora.
Se carbonatar forçadamente, não ultrapasse o limite de 1.5 bar.
Se fizer com priming utilize um manômetro de garrafa pra ver quanto ficou. Mais de 2 bar de pressão em temperatura ambiente, quando colocada a 60 Cº pode causar explosão da garrafa.
Evite trabalhar com a tampa da panela aberta. Eu tive uma garrafa que explodiu e só não causou danos maiores porque a panela estava tampada.
Cuidado quando for pegar as garrafas na panela. Evite batê-las. Eu vi algumas com tanta pressão que borbulhavam na chapinha.