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Pilsen de carnaval

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Pilsen de Carnaval

Carnaval tem todo ano e Pilsen também. Este papo de cerveja artesanal com vários sabores é muito legal mas o que a galera gosta mesmo é Pilsen. É a mais leve, mais gostosa e combina com tudo, né?

E não pode ter Carnaval sem uma boa Pilsen na panela. Então... vamos a ela. 

A levedura a gente pega da última feita que foi a.... nem lembro, mas é a mesma que vem desde março do ano passado.

A receita é básica. 7 kg de malte pilsen, 500g de malte carapils, 2 quilos de arroz e 1 quilo de açúcar.

Pro amargor reservamos 25g de lúpulo nugget, que sobrou da última.

Lembrando que esta receita é pra 57 litros onde retiro 10 a 12 pra guardar e fazer starter das próximas cervejas.

Tudo correu bem na mostura, passando os 57 litros para o panelão.

Retirados os 11 do starter, vamos botar pressão no gás pra iniciar a fervura.

A coisa começa a ferver e está na hora de botar o lúpulo. Beleza!  Joguei e o que aconteceu?  Subiu uma onda de espuma, e sem que eu tivesse qualquer chance de evitar, boa parte do lúpulo transbordou, escorrendo pela lateral da panela.

E agora? O que fazer? Não há mais nugget pra colocar. Quanto ficou na panela? Será que vai ficar bom?

Nesta hora o cervejeiro tem que tomar uma atitude e a atitude foi... deixa rolar. Achei por bem de não colocar nada, pois não teria a menor ideia de quanto. As adições de lúpulo são irreversíveis. Se for demais... fedeu!

Resfriamento, fermentação e maturação em três baldes. Dois de 20 litros com aproximadamente 18 em cada um e um de 10, com pouco mais de 6 litros. Lembrando que eu enchi até 47 litros mas perco dois no final. Com três dias de maturação achei de fazer um teste com os 6 litros do balde de 10. Carbonatei e envasei umas 10 garrafas. Resultado. Estava pouco mesmo. A cerveja mais parecia uma Itaipava ou coisa mais leve. Talvez uma Glacial, quem sabe?

Para o resto teria que fazer algo. Foi aí que entrou em cena o extrato de lúpulo Dupappi. Um produto muito interessante. Dá um aroma bacana e um amargor adicional bem suave. A proporção que usei foi de 1 grama para cada 4 litros, com isso, pros quase 17 litros que tinha no balde 2 eu gastei 4 gramas.

O modo de dosar é fácil. Abre o postmix, pesa o frasco sem tampa e vai pingando e pesando até ele ter menos 4 gramas. Simples assim. Aí é só carbonatar e está tudo pronto.

Para o resto da cerveja, o balde 3, que tinha mais ou menos 16 litros, eu achei de faze-la com um extrato de malte torrado Dupappi. Este caso, a proporção foi de 4g para cada litro de cerveja que deu um total de 68g. Neste caso eu usei 70 gramas.

O ponto de destaque desta cerveja preta foi a maneira como coloquei o produto. Eu fiz errado! Coloquei os 70 gramas de produto no postmix e depois coloquei a cerveja.  Com isso ele acumulou muito no fundo e quando botei para recircular, um bocado do extrato saiu de imediato.

Na hora do envase, a primeira garrafa veio muito carregada de extrato. Acredito que se eu colocar a cerveja e depois o extrato de malte torrado, este desça se misturando a cerveja, gerando um resultado melhor.

Isso dito, nada mais a declarar. As cervejas ficaram muito boas inclusive vencendo um campeonato de degustação as cegas aqui em casa.

O que é bom dura pouco mas, maio é o mês das mães e nada melhor pra comemorar que uma Pilsen, não acha?

Saúde!