Cerveja 4 grãos
4 grãos. Esse é o nome da cerveja!
O pessoal aqui da minha cidade tem um grupo do qual faço parte. Chama-se CCCP. Nada relacionado a antiga União das Repúblicas Socialista Soviéticas. E apenas a Confraria dos Cervejeiros Caseiros de Petrópolis.
De vez em quando a gente se reúne, para falar de cerveja e outras bobagens, e de vez em quando a gente faz uma brassagem coletiva.
Nesta semana, marcamos uma aqui em casa e vieram bem umas vinte pessoas.
Eu tinha 1 quilo de malte de trigo e meio de aveia. Se juntar com 2 quilos de malte munich e 1 quilo de malte centeio pode dar uma bela 4 grãos, não acham? E assim foi feito.
Eu e meu amigo Gabriel resolvemos rachar essa. Adiciona-se a isso 50 g de lúpulo Cascade, doado pelo meu amigo Beto Steelbier, e um US-05 para fermentação. A receita completa vc pode baixar neste link.
Como meu equipamento é um pouco grande, pra essas coisas eu tenho um panela de 36l com fundo falso. Usando o velho e bom BIAB e com uma bombinha para recircular.
A mostura correu legal. É interessante como a recirculação faz com que o mosto fique bem transparente. Todo o pó do malte fica retido na casca. A gente consegue ver isso na mangueira.
No final da mostura temos a lavagem dos grãos. Solto o saco e amarro a ponta Coloco uma peneira em baixo pra segurar e aí, toda aquela filtração vai embora. A gente joga água no saco e a água lava os grãos, carregando o todo o pó que foi filtrado. Fazer o que né? Jogou toda a filtragem fora. Faz parte.
O destaque desta brassagem foi a utilização do hop spider. Isso é um recipiente para colocar o lúpulo e evitar joga-lo diretamente no mosto. Ele fica pendurado na lateral da panela e você adiciona o lúpulo nele. Muito prático. Ele evita o problema que tive na Pilsen de Carnaval e não notei nenhuma redução no amargor da cerveja.
Esta mostura foi basicamente igual a que foi feita no fogão de casa (link para a playlist) só que lá não foi feita recirculação, o que deixou o mosto mais turvo ainda.
Uma semana de fermentação e a cerveja estava pronta para o Cold Crash.
Ao contrário da outra, nesta eu não fiz a trasfega e nem introduzi o Prodooze SC1 para clarificar.
Resultado. Dois litros de lixo no fermentados e uma cerveja muito turva.
Em comparação com a Cream Ale com Alecrim, que nem foi clarificada na mostura mas foi feita uma trasfega e utilizando o SC1 para clarificar. Resultado: Esta ficou muito turva enquanto que a Cream Ale ficou bem transparente.
Conclusão: Não se pode ignorar a tecnologia.
De toda maneira, turva ou não turva, o importante é a cerveja ficar boa.
Saúde!